Eu costumava sentar na varanda
E ficar por horas conversando com as estrelas
Elas me entendiam e me enlaçavam com sua luz
E assim, eu era feliz.
Mas elas estavam muito distantes
E de manhã eu me sentia só.
Até conhecer um excêntrico e apaixonado astrônomo.
Ah, eu dedicava todas as minhas manhãs
Para poder fazê-lo feliz,
Assim como ele me fazia.
Com o tempo isso não bastou
E eu deixava de ir ver as estrelas
Gradativamente...
Eu ainda as amava
E conversava com elas sempre que podia
Mas elas começaram a odiar o meu amor
E não brilhavam mais para ele.
E, numa noite bela,
Uma das mais belas que eu já havia visto,
Eu perguntei a elas o motivo de tanta majestade.
Então, com sarcasmo e uma obscura felicidade,
Elas me responderam:
-Para sua chegada.
E bruscamente elas me levaram
Para a frieza de um amor não espontâneo.
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